A carne não é necessária
para sermos saudáveis, muito pelo contrário, pois o consumo excessivo de carne
está associado ao desenvolvimento de diversas patologias, como por exemplo as
doenças cardiovasculares, a insuficiência renal, o cancro da próstata e do
cólon.
A carne fornece-nos
proteínas de alto valor biológico, ou seja, proteínas que contêm todos os
aminoácidos essenciais, em proporções equilibradas. No entanto, todos os
aminoácidos essenciais podem ser obtidos através de fontes proteicas vegetais,
como a soja, o seitan, o tofú, a quinoa, o feijão, o grão, a fava, a ervilha, o
amaranto, o kamut, o espelta, a aveia, cogumelos, …
Apesar de não reunirem num
só alimento todos os aminoácidos essenciais, nas proporções ideais, basta
combiná-los nas várias refeições do dia, para que os obtenhamos.
A partir daí,
o nosso organismo sintetizará as proteínas, de acordo com as nossas necessidades,
pois nós não precisamos de ter proteínas completas de elevado valor biológico
num só alimento.
O nosso corpo forma as suas próprias proteínas, através
dos aminoácidos que lhe são fornecidos, sendo indiferente se determinado
aminoácido é proveniente de um bife, ou do seitan, ou da quinoa.
As proteínas de origem
vegetal, têm ainda a vantagem de não estarem associadas a uma elevada
quantidade de gordura saturada, colesterol, hormonas (incluindo as hormonas de
stress que se produziram durante a fase de transporte e abate), e antibióticos.
Em todas as épocas existiram
muitas pessoas que não comem carne, nem peixe, e que fazem uma alimentação
vegetariana, e que foram ou são atletas, cientistas, professores,
dietistas/nutricionistas, médicos, actores, … E o facto de não comerem carne,
não as impediu de serem fortes e saudáveis, muito pelo contrário!
De acordo com a Direção Geral da Saúde (DGS), com a Associação
de Nutricionistas do Canadá (ANC) e com a Associação de Dietética Americana (ADA),
a alimentação vegetariana adequadamente planeada, é perfeitamente adequada em
termos nutricionais, contribuindo para o tratamento e para a prevenção de
várias doenças, como por exemplo a diabetes tipo 2 (não insulinodependente), as
doenças cardiovasculares, a obesidade, e o cancro da próstata e do cólon.
O acompanhamento nutricional
é necessário para evitar desequilíbrios nutricionais, como por exemplo algumas carências
nutricionais, e para adequar a alimentação vegetariana às diversas fases de
vida da pessoa, à prevenção e tratamento de diversas patologias, bem como às suas diferentes necessidades nutricionais. O mesmo
é válido para quem come carne.
Cumprimentos vitaminados,
Eduarda Alves.
Dietista – Membro efetivo da Ordem dos Nutricionistas
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