quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Quantas Calorias tem uma McWrap Frango e Salada?

Ontem esta pergunta foi-me feita em consulta, por uma pessoa que está em processo de emagrecimento, estando a obter excelentes resultados. Tudo passa por um processo de reeducação alimentar (para a vida) e por uma mudança geral de estilo de vida.

Nas consultas vão-se esclarecendo dúvidas, motivando, e fornecendo a informação necessária para que se vão incutindo hábitos de vida mais saudáveis, com vista a alcançar os objectivos pretendidos, e de os fazer perdurar no tempo.

É muito gratificante poder participar em todo este processo de transformação, que contribui para o nascimento de uma nova pessoa, mais saudável, com mais qualidade de vida, com mais autoestima, e mais feliz e segura de si.

Esta jovem senhora adora salgados (especialmente folhados de salsicha), e este fim de semana, numa saída familiar, deliciou-se com uma McWrap Frango e Salada, num restaurante McDonald`s. Na altura foi uma das escolhas que lhe pareceu mais adequada.

Uma McWrap Frango e Salada pesa cerca de 243 g, fornecendo cerca de 490 Calorias, 20 g de proteínas, 53 g de Hidratos de Carbono e 22 g de lípidos (gordura).

Sabia que as mesmas 490 Calorias fornecidas por uma McWrap Frango e Salada, podem ser fornecidas através da ingestão de cada uma das seguintes opções:

• 1 Banana + 1 pires de feijão-verde + 2 batatas cozidas + 1 sopa de legumes + 1 ovo cozido = 490 Calorias

• 1 Copo de leite magro + 1 fatia de pão de mistura + 1 fatia de queijo magro + 1 fatia de melancia + 1 creme de ervilhas + 1 bife de frango grelhado = 490 Calorias

Pare, pense, e faça a melhor escolha para si! Não existem alimentos proibidos, temos é que aprender a gerir bem as nossas escolhas, e a saber compensá-las.

Uma mulher que pese cerca de 75 Kg, para gastar a energia fornecida por uma McWrap Frango e Salada (490 Calorias), poderá fazê-lo através de uma das várias actividades físicas sugeridas de seguida:

  • Andar em passo acelerado durante 55 minutos
  • Andar na areia molhada durante 95 minutos 
  • Andar na areia seca durante 77 minutos
  • Andar na Elíptica durante 45 minutos
  • Dançar durante 75 minutos
  • Hidroginástica durante 98 minutos
  • Aspirar a casa durante 80 minutos
  • Limpar o pó dos móveis durante 2 horas e 40 minutos
  • Subir escadas durante 25 minutos
  • Bicicleta fixa durante 60 minutos


 É só escolher qual o exercício físico da sua preferência, e compensar com actividade física, o excesso de energia ingerida. Assim conseguirá não aumentar de peso, e se voltar ao seu plano de emagrecimento personalizado, continuará certamente a perder peso.

Quando se está a tentar perder alguns quilos de gordura em excesso, é fundamental um acompanhamento nutricional individualizado (cada caso é um caso), e a reeducação alimentar realizada de forma gradual e continua.

É fundamental, que ao longo das consultas de Nutrição, adquira autonomia para que fossa fazer as melhores escolhas no seu dia-a-dia, e também para que quando lhe apetecer consumir um alimento mais calórico, ou com maior teor de gordura ou de açúcar, saiba como fazer as suas compensações relativamente ao exercício físico, e às próximas escolhas alimentares.

Fale com a sua Dietista.

Boas escolhas e muita Saúde,

Eduarda Alves.

Dra. Eduarda Alves.

Dietista - Directora da Clínica dos Alimentos

Telefone: 21 432 55 15

www.nutricaoedietetica.com

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Fontes: Site http://www.mcdonalds.pt

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Suco de Abacaxi Drenante

Abacaxi e melancia, a dupla do efeito "cascata"

Olá boa tarde, como vai? Espero que muito bem.

Sente-se inchada e nota que está com retenção de líquidos? Este suco poderá ser uma boa ajuda, pois tem um ótimo efeito diurético. Tem também um bom efeito saciante.

Receita

Rendimento: 2 Doses

Ingredientes: 2 Rodelas de abacaxi sem casca, 1 colher de chá de gengibre fresco ralado, 1 chávena de chá verde (frio e sem açúcar), 1 fatia de melancia (sem casca e sem sementes), o sumo de meio limão pequeno, 4 colheres de chá de adoçante à base de stévia (natural e quase sem calorias), ou se tiver a planta pode usar 8 folhas frescas de stévia.




Preparação: Coloque tudo no copo liquidificador e misture bem, até ficar completamente líquido.

Sugestões: Sirva de imediato para que não perca vitaminas.

Bom Apetite e um bom fim de semana!

Cumprimentos vitaminados, Eduarda Alves.

Dietista – Membro efetivo da Ordem dos Nutricionistas
 
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quinta-feira, 7 de julho de 2011

Peso Pesado – A Doença





A obesidade é actualmente classificada pela OMS como uma "doença crónica não-transmissível, major e de base nutricional”.


Na minha consulta cada vejo vez mais pessoas com obesidade, de todas as idades, etnias e classes sociais.

Infelizmente em Portugal, cerca de 1% da população sofre de obesidade mórbida (índice de massa corporal superior a 40). Se não emagrecerem, vão acabar por padecer de muitos problemas de saúde, ter uma péssima qualidade de vida, e morrerão mais cedo. Torna-se urgente ajudar estas pessoas.

Alguém que chegou a este ponto, encontra-se muito fragilizado, com uma baixa auto-estima e frequentemente até bastante deprimido. Isto deve-se ao sofrimento físico, e a todos os condicionalismos provocados pela doença, e em parte, a uma sociedade que os descrimina, que lhes condiciona a entrada no mundo do trabalho, e que os olha como se fossem verdadeiras aberrações.

Para que consigamos realmente ajudar estas pessoas, promovendo a mudança no seu corpo e nas suas cabeças, temos que nos lembrar sempre que estamos a lidar com uma doença, a qual é crónica, necessitando de ser vigiada durante toda a vida. É vital recordar que todas as mudanças têm que ser feitas de forma gradual, que o apoio psicológico, a empatia, o reforço positivo, e toda a relação que se estabelece com estes doentes, é fundamental para um sucesso efectivo no tratamento desta doença.

Todos os profissionais de saúde que trabalham com estes doentes, têm que ter sensibilidade para lidar com esta doença – Obesidade mórbida – e com estes doentes com características tão peculiares. A par da melhor formação científica, tem que estar a humanização, a entrega, a disponibilidade e todo o empenho necessário para ajudar estas pessoas. Temos que conseguir chegar à pessoa, e vê-la como um todo. Ir muito além da sua imagem física, e do que nos diz, é preciso saber ler nas “entrelinhas”, para que consigamos ir mais além.

As pessoas que sofrem de obesidade grave têm um risco aumentado de desenvolverem várias doenças associadas à obesidade, como problemas osteoarticulares, diabetes tipo 2, hipertensão arterial, enfarte agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral, hipercolesterolémia, cancros da mama, do cólon, do fígado, do útero, do ovário, varizes, insuficiência respiratória, refluxo gastroesofágico, esteatose hepática, hiperuricemia, síndrome do ovário poliquístico, depressão, e várias outras patologias.

Para que se dê uma perda de peso adequada – perdendo massa adiposa (gordura) e aumentando a água e a massa magra – é necessário um acompanhamento nutricional regular. Há que avaliar, e estabelecer objectivos adequados a cada caso, bem como o tempo em que decorrerá a perda de peso. A par da perda de peso, previnem-se e tratam-se as doenças associadas à obesidade, com medidas dietéticas especificas.

Quem precisa de perder 40 quilos, deverá perde-los bem e de forma faseada. A perda de peso, de forma saudável, deverá ser de cerca de 500 g a 1.500 g por semana (média), dependendo de acordo com vários factores. Uma perda de peso demasiado rápida, é perigosa para a saúde e ilusória, pois perde-se pouca gordura, e muitas vezes perde-se água e músculo.

O exercício físico deverá ser sempre iniciado de forma gradual, respeitando as limitações impostas pela obesidade grave. Estas pessoas transportam consigo continuamente um peso pesado, que lhes destrói a saúde e fragiliza a alma, e só o andar a pé já é um excelente exercício, para quem sofre de obesidade grave. Qualquer acréscimo deverá ser feito de forma muito gradual, e com monitorização adequada.

No tratamento destes doentes, jamais os devemos fazer sentir culpados ou inferiorizados, por não conseguirem ter a mesma mobilidade que pessoas normoponderais ou com um ligeiro excesso de peso, nem por terem chegado ao grau de obesidade a que chegaram. Aqui o “regime militar” não funciona, podendo até agravar problemas psicológicos, e de saúde já existentes. Os profissionais de saúde – importantes agentes de mudança - envolvidos no tratamento, têm que saber avaliar, acompanhar, orientar e motivar sempre!

Quando se alcançam os resultados pretendidos, todas as mudanças valeram a pena. Para mim é extremamente gratificante, acompanhar toda a transformação, e ver renascer uma nova pessoa, muito mais saudável, segura e feliz. Toda a sua vida melhora, e voltam a viver plenamente, sem as limitações impostas pelo peso pesado da doença.

A reeducação alimentar durante o processo de emagrecimento é vital. A alimentação saudável deverá perdurar para toda a vida.

(Este artigo foi publicado na Revista Magnifica em Junho de 2011)

Uma boa semana para si, e para todos nós.

Cumprimentos vitaminados,
Eduarda Alves.
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sábado, 21 de maio de 2011

Tomate



• Sabia que existem centenas de variedades de tomate? Variam quanto à forma, cor, aroma e sabor. A composição nutricional sofre ligeiras variações.
• O tomate é uma excelente fonte de antioxidantes e fitosteróis, como o licopeno, o betacaroteno (provitamina A) e a vitamina C.


• É riquíssimo em licopeno. Quanto mais maduro estiver o tomate, mais licopeno tem. O molho de tomate contém mais licopeno que o tomate cru, pois a cozedura melhora a sua assimilação. Ajuda na prevenção do cancro da próstata, mama, ovário, útero, cólon, estômago e pâncreas.


• O tomate é rico em polifenóis, os quais têm demonstrado, em vários estudos científicos, serem um precioso aliado na prevenção do crescimento de células cancerígenas no fígado.

• É rico em vários minerais como o potássio, magnésio, zinco, flúor e fósforo.


• Ajuda a hidratar, pois possui cerca de 85% de água na sua composição.

• Evite usar utensílios de alumínio ao preparar o tomate, pois devido à acidez do tomate, o alumínio poderá passar para os alimentos e ser nocivo para a sua saúde.

• É um alimento com poucas calorias – um tomate médio contém apenas 16 calorias – sendo muito útil nas dietas de emagrecimento.

• O tomate verde é desaconselhado, pois para além de ter um menor valor nutricional, contém uma substância tóxica que deve ser evitada.

• Pode ser consumido das formas mais diversas, como por exemplo em sandes, sumos, saladas, molhos, massas, arroz, estufados, assados, sopas, e de muitas outras formas.

• Quem tiver hiperuricemia (ácido úrico elevado), ou quem sofra de gastrite, refluxo gastroesofágico e úlcera gástrica deverá consumi-lo com moderação.

• Quem tiver divertículos, deverá retirar as suas grainhas antes de o consumir.

• E como “cada caso é um caso”, aconselhe-se sempre com a sua Dietista.



Saudações Dietéticas e muita Saúde e Boa Disposição!

Eduarda Alves.





Dra. Eduarda Alves.

Dietista

Directora da Clínica dos Alimentos

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sexta-feira, 11 de março de 2011

Estudo português prova que tomar CLA faz mesmo perder peso


por Ana Rita Guerra, Publicado em 11 de Março de 2011, no Jornal i

Mesmo sem dieta e exercício, todas as pessoas que tomaram o suplemento durante três meses perderam vários quilos. Estudo vai ser publicado em revista científica internacional


Afinal há mesmo uma receita mágica para emagrecer, eAfinal há mesmo uma receita mágica para emagrecer, e não implica beber dois litros de seiva de ácer com pimenta de caena por dia. O ingrediente milagroso chama-se ácido linoleico conjugado - o popular CLA - e a perda de peso pode ir até aos 12 quilos em três meses. Sem dieta e sem exercício físico.

É isto que dois investigadores portugueses acabam de provar com o primeiro estudo nacional sobre a eficácia do CLA, uma substância dietética que se encontra à venda em praticamente todos os super e hipermercados do país. Apesar de ter chegado ao mercado há vários anos, nunca se tinha comprovado cientificamente o seu efeito redutor da massa gorda na população portuguesa. Foi exactamente isto que fizeram Ana Nunes e António Lacerda, investigadores da Escola Superior de Saúde Jean Piaget, num estudo que deverá ser publicado em Junho numa revista científica internacional.•

"Estamos bastante satisfeitos, porque os resultados vão ao encontro exactamente daquilo que estava descrito", afirma ao i Ana Nunes. O estudo foi feito com três grupos, que totalizaram 69 participantes, durante 12 semanas três meses.

Ao primeiro grupo, de 21 pessoas, foram dados 3,2 gramas de CLA por dia em conjugação com exercício físico três vezes por semana, com um personal trainer. O segundo grupo, de 25 pessoas, só tomou o CLA, sem qualquer actividade extra. E o terceiro grupo, de 23 pessoas, tomou cápsulas de azeite julgando tratar-se de CLA - um grupo de controlo, para perceber se haveria efeito placebo (quando a pessoa acredita tanto no remédio que isso gera efeitos físicos reais).

Os resultados foram contundentes. Todos os participantes receberam as mesmas indicações nutricionais, mas o grupo que emagreceu mais foi o segundo, o das pessoas que só tomaram CLA, com uma média de seis quilos perdidos sem dieta nem exercício. Como é isto possível? "O CLA aumenta a taxa de metabolismo basal, logo o corpo queima mais energia", explica Ana Nunes. O mecanismo "é algo complexo", adianta, referindo que os relatórios internacionais apontam para um efeito inibidor de adipogéneos - isto é, gordura localizada. Assim, "o CLA é indicado na mobilização de gordura local e no tratamento da celulite", acrescenta. Há também indícios de que a substância funciona como supressor do apetite, mas este efeito é difícil de estudar, já que envolve testes mais complexos (a inibição foi comprovada em ratos de laboratório).

Uma das partes importantes das conclusões é que o grupo um, que combinou CLA com exercício, perdeu menos peso mas reduziu muito mais a massa gorda - porque o músculo pesa mais. Em média, quem tomou o CLA perdeu 7% da gordura corporal, mas quem combinou a toma com exercício reduziu o dobro da massa gorda.

Por outro lado, o investigador António Lacerda refere que é importante optar por marcas comerciais que usem a combinação Tonalin. "É patenteada e garante segurança", indica. Há vários tipos de CLA (por exemplo, clarinol), mas não é certo que gerem os mesmos resultados.

Por fim, o CLA pode ser tomado "para sempre" com o objectivo de manter o peso estável, sem contra-indicações, por ser uma substância natural.

Fonte: Ana Rita Guerra, Publicado em 11 de Março de 2011, no Jornal I
http://www.ionline.pt/conteudo/109684-emagrecer-estudo-portugues-prova-que-tomar-cla-faz-mesmo-perder-peso



quinta-feira, 3 de março de 2011

Aleitamento Materno

Como amamentar o seu bebé

 
Devido ao elevado número de dúvidas sobre aleitamento materno que me têm colocado, decidi colocar aqui no Blog algumas das respostas, às perguntas que me colocam com maior frequência.



Fico contente por haver tanto interesse relativamente ao aleitamento materno, pois demonstra que as mães estão ainda mais empenhadas no sucesso da amamentação, o que é extremamente benéfico para o bebé, para toda a família e para o mundo em geral.

Já estamos em Março e a Primavera e o Verão ajudam a aumentar a amamentação.

Não existe uma explicação para este fenómeno, mas julgo que terá a ver com um maior bem-estar, devido ao “calorzinho”, experimentado pela mãe e pelo bebé.

Recordo-me de a partir de Março, a arca de conservação de leite materno da copa de leites do Hospital, começar a ter muito mais leite materno do que no Inverno. E viva o Sol! Votos de muito sucesso, com a sua experiência única de amamentação.



• Como se produz o leite materno?


Quando o bebé começa a sugar a mama da mãe, a sua sucção desencadeia um reflexo hormonal e aumentam os níveis de prolactina (hormona que estimula a produção de leite) e de ocitocina (hormona que ajuda o leite a descer para a aréola mamária). Quanto mais o bebé sugar mais leite a mãe produz.



• Quando a mãe está nervosa pode ter menos leite?


É o hipotálamo que dá o comando para que se produza a ocitocina e a hipófise dá o comando para que se produza prolactina, por isso se a mãe estiver nervosa, ansiosa, mais insegura, assustada, aborrecida, triste, ou cansada, a produção de leite é afectada e diminui. Para a aumentar, o estímulo continuado da sucção do seu bebé, resolve a situação.



• Como é que o pai pode ajudar?


O pai pode ajudar e muito! Deverá apoiar a sua companheira ao longo da gravidez, durante o parto e incentivá-la e motivá-la para iniciar e manter o aleitamento materno.

Deverá acompanhar todas as consultas e exames, pois são únicas na vida deste bebé. Mesmo que seja complicado ausentar-se do seu emprego durante algumas horas, faça tudo para o conseguir pois a futura mãe precisa do seu apoio, e além disso você é o pai e deverá ter uma participação activa. Longe vão os tempos em que era a avó materna a acompanhar a sua filha nessas andanças. Mesmo que ela também vá, não deixe de estar presente, de poder ouvir o bater do coraçãozinho do seu bebé, ou de o ver a sua pequenina imagem no monitor. São momentos únicos e insubstituíveis.



• Como retirar o leite fora de casa?


O leite materno poderá ser retirado por expressão manual ou através de bomba manual ou mecânica. A forma mais económica e prática é por expressão manual, podendo ser feita em qualquer altura e local.

São necessários alguns cuidados higiénicos, os quais passamos a citar:

- Lavar muito bem as mãos.

-Sentar-se numa posição confortável e relaxada, num ambiente tranquilo.

- Segurar um recipiente limpo perto da mama.

-Colocar o polegar acima da aréola e os outros dedos abaixo, pressionando para dentro e na direcção da parede torácica.

- Pressione e solte até o leite começar a correr.

- Continue a extracção do leite até esvaziar a mama.

- No fim passe um pouco de leite no mamilo e areola, deixe secar naturalmente antes de se vestir.

- Feche bem o recipiente e coloque-o no frigorífico ou numa malinha térmica com placa de frio.

- Ao chegar a casa divida o leite pelos biberons, previamente esterilizados, colocando-os de imediato no frigorifico.

- Poderá aquecer a quantidade de leite a dar ao seu bebé, em banho-maria, até ficar à temperatura ambiente ou morno. Agite bem antes de dar.

- Para que o bebé continue a mamar na mama e não se habitue à tetina, poderá dar o leite com uma pequena colher de plástico de bordos arredondados, ou com um copo de plástico ou com tetina anatómica com um furo de tamanho pequeno.


 

• Qual a melhor forma de conservar o leite materno?


O leite materno poderá ser conservado durante 48 horas no frigorífico, 3 meses no congelador, 12 meses na arca.



• O que é o aleitamento misto?


É a combinação de leite materno com uma fórmula para lactentes. Apenas é necessário em situações raras, em que o bebé não apresenta uma boa progressão de peso, recorrendo-se à fórmula para complementar o aporte nutricional fornecido pelo leite materno. Muitas vezes é utilizado desnecessariamente, contribuindo para a diminuição da produção do leite materno, pois o bebé habitua-se à tetina e deixa de mamar, deixando de estimular a produção de leite materno. Para prevenir esta situação, a fórmula artificial deverá ser oferecida através de uma colher de bordos arredondados ou de um copinho, e só se estiver comprovado que a criança tem uma má progressão ponderal.



• Amamentar evita que engravide novamente?


Quando se amamenta em exclusivo, ou seja o bebé bebe apenas leite materno, amamentando também durante a noite, durante os primeiros seis meses e estando em amenorreia (não menstruando), a probabilidade de ocorrer uma nova gravidez é reduzida, sendo de apenas 0,5 a 2%.


 

• As mulheres com mamas maiores produzem mais leite?


O tamanho das mamas não está relacionado com a capacidade de produzir leite, sendo completamente irrelevante o tamanho para a quantidade de leite que se produzirá. O tamanho das mamas depende da quantidade de tecido adiposo (massa gorda) que estas possuem e o tecido adiposo não interfere na produção do leite. É o tecido glandular activo que está relacionado com a produção de leite.



• Existem leites fracos?


Não. Todo o leite materno é bom e adequado especificamente para aquele bebé. Mesmo as mães que vivem em países carenciados, alimentando-se mal e apresentando desnutrição leve ou moderada, produzem leite com composição muito semelhante ás mães bem nutridas. Isto deve-se à Natureza preservar sempre o novo ser.

Existem mulheres que, mesmo antes de engravidarem, já comentam que na sua família as mulheres não costumam ter leite ou que o leite é fraco. Isto não existe, dependendo essencialmente da informação, disponibilidade, meio, condições físicas e psicológicas e vontade da mulher para amamentar. O apoio do companheiro e de outras mães da família é muito importante.

Quanto mais o bebé mamar, maior será a produção de leite, ou seja quanto maior a procura, maior é a oferta.

É muito importante que a mãe se encontre num ambiente calmo e tranquilo, evitando visitas em demasia, de forma a poder estar descansada e descontraída. A mãe, pai e bebé beneficiarão bastante com isto, ajudando muito à produção de leite.



• Parece-me que uma das minhas mamas produz mais leite do que a outra. Será só impressão minha?


Poderá acontecer ter uma mama mais “cheia” que a outra e dar essa sensação durante a mamada, mas a quantidade de leite produzida é muito similar nas duas mamas, excepto se o bebé mamar mais numa que na outra, pois nesse caso estimula mais a produção de leite na mama em que mamar mais. Deverão ser oferecidas ambas as mamas, devendo iniciar a mamada seguinte com a mama em que o bebé mamou menos na mamada anterior ou oferecer apenas uma mama em cada mamada, alternando-as.



• Amamentar provoca mamas descaídas?


Não, o que pode provocar alguma flacidez é o deixar de amamentar abruptamente, se fizer um desmame gradual as suas mamas ficarão com um aspecto similar ao anterior.

Se aumentar excessivamente de peso durante a gravidez, poderão formar-se estrias e nesse caso se a seguir ao parto perder peso rapidamente, poderá notar uma maior flacidez e agravamento das estrias, mas isto não está relacionado com a amamentação. Deverá procurar a orientação de um Dietista de forma a seguir um esquema alimentar especifico para o seu caso e recuperar o seu aspecto anterior, ou até melhorá-lo.



• Quando deverá mamar pela primeira vez?


A primeira refeição deverá ser dada logo que possível. Dar de mamar ainda no bloco de partos tem muitas vantagens para a mãe e para o bebé, ajudando a reduzir a hemorragia pós-parto e estimulando a produção do colostro, que vai alimentar e proteger o bebé de infecções, fornecendo-lhe anticorpos e alimento de fácil digestão.


 

• Como deverá ser a primeira refeição?


A primeira refeição deverá decorrer em ambiente calmo e tranquilo, se possível só com a mãe, bebé e pai na sala de partos. É um momento único, em que o novo ser é acolhido pelos pais, proporcionando-lhe com a primeira refeição alimento, carinho, aconchego e segurança. É o primeiro de muitos encontros entre pais e filho. Esta refeição transmite-lhe as boas vindas ao novo mundo, mostrando-lhe o quanto é amado e desejado. Serve também para acalma-lo pois o nascimento é uma grande mudança, trazendo o recém-nascido de um sitio quente, escuro, com sons muito próprios e com meio liquido, para um ambiente, mais ou menos movimentado, seco, mais frio e com muita luz.



• Quantas vezes o bebé deverá mamar?


Deverá ser o bebé a estabelecer os seus horários, ao seu ritmo, pois a criança tem o seu ritmo. A mãe facilmente aprende a identificar se o seu filho tem fome e que é a sua hora da refeição. Nos primeiros dois meses não se deverá deixar o bebé sem mamar mais de cinco horas, devendo acordá-lo e dar-lhe de mamar se ultrapassar esse período de tempo. Deve-se ter este cuidado por a criança ainda ter poucas reservas de glicogénio (açúcar de reserva do fígado e músculos) e poder ocorrer uma Hipoglicémia (descida de açúcar no sangue).



• Amamentar dói?


Se o bebé estiver a fazer uma boa pega, ou seja, se estiver a mamar, abocanhando o bico e toda a aréola, está a mamar adequadamente e desta forma não dói e evitam-se as fissuras da mama pois essas sim, provocam muita dor e desconforto.


 

• Vou a uma festa. Posso beber bebidas alcoólicas?


O ideal é não beber bebidas que contenham álcool. Se no entanto, isto for muito relevante para si, poderá faze-lo excepcionalmente, em quantidade moderada e tendo alguns cuidados que farão muita diferença para a saúde, presente e futura, do seu filho.

Antes da festa deverá retirar leite suficiente para as próximas 24 horas seguintes à ingestão de bebidas alcoólicas. Esse leite deverá ser guardado no frigorífico e dado durante esse período. Ajudará a eliminar o álcool se beber bastante água nas 24 horas a seguir à ingestão, pois ajuda a eliminar o álcool. Durante este tempo deverá retirar o leite e desperdiçá-lo. Após esse período de tempo, poderá recomeçar a amamentar.


Não se esqueça que a ingestão de álcool poderá diminuir a sua produção de leite (a sábia natureza a defender a cria) e que se não tiver os cuidados referidos, poderá afectar a saúde do seu filho, podendo causar-lhe vários problemas a nível do seu desenvolvimento, incluindo futuras dificuldades de aprendizagem.


 

• É verdade que o bacalhau contribui para aumentar a produção de leite?


O bacalhau, mesmo depois de bem demolhado, possui uma elevada quantidade de sódio (sal) a qual vai aumentar a sede, levando-a a aumentar a ingestão de líquidos. Ao aumentar a ingestão de líquidos vai favorecer a sua produção de leite, daí o bacalhau ser associado a um maior volume de leite.

Sob o aspecto nutricional é um bom alimento que beneficiará em inclui-lo na sua alimentação. É rico em vitamina A e D, rico em ácidos gordos polinsaturados (mais saudáveis que os existentes na carne) e é de fácil digestão.



• Quais são as contra-indicações ao aleitamento materno?


Felizmente são poucas as contra-indicações ao aleitamento materno, mas infelizmente existem. A mãe não deverá amamentar nas seguintes situações:

• Se for seropositiva (HIV positivo);

• Se usar drogas;

• Se sofrer de doença psiquiátrica grave;

• Se estiver medicada com fármacos que passem para o leite materno;

• Se tiver doença grave que a debilite;

• Se o bebé tiver alguma doença metabólica grave como a fenilcetonúria ou a galactosémia;

Boa amamentação e Felicidades para o seu (a sua ) bebé!

Cumprimentos vitaminados,
Eduarda Alves. Dietista – Membro efetivo da Ordem dos Nutricionistas
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terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Para que serve a Coenzima Q10?

 Coenzima Q10, a amiga do coração!

 
A Coenzima Q10, ou Ubiquinona, exerce uma potente acção antioxidante, ajuda a controlar a tensão arterial e a melhorar a função do ventrículo esquerdo, reduz a oxidação do colesterol LDL (mau colesterol), contribuindo para a prevenção das doenças cardiovasculares.
 
Reforça a acção do sistema imunitário e reduz o envelhecimento precoce.
 
É essencial para a produção de energia, pois sem a sua presença em quantidade adequada, as nossas células não conseguem produzir energia.


A Coenzima Q10 é produzida no nosso organismo, mas com o passar dos anos começamos a produzi-la em menor quantidade.
 
O declínio na sua produção ocorre a partir dos 40 anos, necessitando de aumentar o seu consumo através da alimentação, e em alguns casos através de suplementação alimentar.

Existe em alguns alimentos, como por exemplo no salmão, sardinha, cavala, truta, carne de vaca, de porco, coração de vaca, espinafres, nabiças, repolho e couves.
 
Também faz parte de vários produtos como é o caso de alguns cremes hidratantes, champôs, loções e de alguns suplementos alimentares.

Em caso de carência de Coenzima Q10, podemos apresentar alguns sintomas como cansaço, doença cardiovascular, gastrite, gengivites e - em casos mais graves - doença de Crohn.

As pessoas que tomam fármacos para reduzir os níveis de colesterol, da "família" das Estatinas - como por exemplo a sinvastatina - apresentam um maior risco de terem carências de Coenzima Q10.

Isto ocorre, devido ao facto destes fármacos ao bloquearem a produção de colesterol, também bloquearem a produção da Coenzima 10.

Nestes casos o reforço na sua alimentação, ou a toma de um suplemento de Coenzima Q10, é bastante importante, para evitar carências neste nutriente.

Como "cada caso é um caso" aconselhe-se com o seu dietista-nutricionista para saber se é indicada para si, qual a dosagem, frequência e período de toma mais indicado para o seu caso especifico.

Saudações vitaminadas para si e para os seus,

Eduarda Alves. Dietista – Membro efetivo da Ordem dos Nutricionistas

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